Ao largo da costa da Guiné-Bissau, na África Ocidental, encontra-se o Arquipélago dos Bijagós: um grupo de 88 ilhas, das quais apenas cerca de 20 são habitadas. As suas principais ilhas a visitar são Canhabaque, Ilha de Orango, Ilha de Bolama, Ilha de Rubane e Bubaque.
Este paraíso remoto é um dos últimos recantos intocados do planeta, sem turismo de massas e com uma natureza praticamente intocada. Para além da sua riqueza natural – tartarugas, mangais, hipopótamos de água salgada – as ilhas destacam-se pelo seu valor cultural e espiritual, reflectindo a visão do mundo do povo Bijagó.
Pode localizá-la facilmente no Google Maps.
Melhor altura para viajar para o Arquipélago dos Bijagós
A estação seca, de meados de outubro a meados de maio, é a melhor altura para viajar: o clima é mais agradável, a humidade é menor e é mais fácil deslocar-se entre as ilhas. Os alojamentos estão abertos, embora seja melhor reservar com antecedência devido à elevada procura. Os hipopótamos de água salgada são também mais visíveis durante esta estação, quando permanecem em lagoas abertas.
Na estação das chuvas (maio a outubro), a vegetação está no seu auge, mas as chuvas frequentes complicam a navegação e as condições das estradas pioram. Muitas pousadas fecham, por isso não é recomendado para viagens sem uma boa logística.
Entre outubro e janeiro/fevereiro, é também possível assistir à desova das tartarugas marinhas na Ilha do Poilão, uma experiência ecoturística única, com acesso regulamentado por razões de conservação.
Como chegar às ilhas Bijagós: itinerários aéreos e terrestres e conselhos úteis
Para chegar ao arquipélago, é preciso primeiro voar até Bissau, a capital da Guiné-Bissau. A opção mais direta a partir da Europa é via Lisboa com a TAP Air Portugal, embora também existam rotas a partir de Dakar, Casablanca ou Cabo Verde, com frequências variáveis.
Outra possibilidade é chegar por terra a partir da Gâmbia ou do Senegal, atravessando a fronteira em São Domingos. Neste caso, é importante ter consigo um passaporte com visto, uma cópia da reserva de alojamento ou da carta de convite e dinheiro em francos CFA antes da travessia. É também aconselhável confirmar o horário de abertura da fronteira e evitar viajar à noite nos transportes públicos. Sempre que possível, é aconselhável coordenar o seu transfer com a Consulmar Travel, que o pode organizar de forma segura e fiável.
A partir de Bissau, o acesso às ilhas faz-se por via marítima. É essencial estar bem informado e seguir as recomendações práticas para a viagem.
Principais actividades e locais do Arquipélago dos Bijagós
Visitar a natureza: um paraíso intacto
O Arquipélago dos Bijagós, Reserva da Biosfera da UNESCO, destaca-se pela sua biodiversidade e paisagens intactas: mangais, selvas, praias e savanas.
Ilhas como Orango permitem fazer caminhadas e ver hipopótamos de água salgada em estado selvagem. Também é possível visitar tabankas tradicionais em Bubaque, Rubane ou Canhabaque.
Em termos de fauna e flora, há tartarugas marinhas, macacos, golfinhos, aves migratórias e espécies vegetais únicas adaptadas ao ambiente costeiro.
Pesca desportiva nos Bijagós
Os Bijagós são um dos melhores destinos de pesca desportiva da África Ocidental. É possível apanhar tarpões, tubarões, corvinas ou carangídeos, com técnicas como o corrico, o jigging ou a pesca de fundo.
Com guias locais e barcos equipados, a experiência é segura, personalizada e em contacto direto com a natureza.
Cultura Bijagó: tradição viva
As comunidades Bijagó conservam uma forte identidade cultural que se expressa nas suas tabankas, danças, aldeias locais, máscaras e cerimónias de iniciação. Vivem em harmonia com a natureza, mantendo tradições ancestrais de grande simbolismo.
Para além do Carnaval de Bubaque, realiza-se na Ilha da Jeta, em janeiro, o Festival da Cultura Manjaco, com danças, música, esculturas em madeira e rituais do povo Manjaco, ideal para quem procura experiências culturais autênticas.
Outro destaque é a Cerimónia da Máscara de Vaca Bruto, originária da ilha de Uno e que se espalhou para outras ilhas. Inclui tambores, danças e máscaras rituais, com profundo valor espiritual.
História: Bissau e Bolama
Bissau, a capital da Guiné-Bissau, conserva edifícios coloniais como a Catedral, o Palácio Presidencial e o Mercado de Bandím.
Bolama, a primeira capital do país, oferece ruínas e monumentos nostálgicos que reflectem o seu passado como centro administrativo português.
Praias: natureza e sossego
As ilhas oferecem algumas das praias mais tranquilas e bonitas de África. Todas são perfeitas para relaxar e explorar os arredores ao seu próprio ritmo:
- Bruce (Bubaque): águas límpidas, areia branca e bons acessos.
- Rubane: ambiente exclusivo e estância de luxo.
- Canhabaque: natureza selvagem e sem infra-estruturas turísticas.
Gastronomia local: tradição e sabor
A gastronomia das Ilhas Bijagós é simples, autêntica e baseada em produtos locais como o arroz, o amendoim, a castanha de caju e a mandioca.
O peixe fresco – dourado, atum ou garoupa – está presente em muitos pratos, graças à pesca artesanal, ainda muito enraizada nas comunidades.
Um dos pratos mais representativos é o caldo de mancarra, um guisado grosso feito com amendoim moído, legumes e, às vezes, peixe ou carne, sempre acompanhado de arroz.
Uma gastronomia humilde mas saborosa que reflecte a profunda ligação entre o povo Bijagó e o seu ambiente.
Conselhos práticos: O que levar na mala e normas culturais para a sua viagem aos Bijagós
O que levar na mala
Leve roupa leve e respirável, mas também roupa comprida para se proteger dos mosquitos. Não se esqueça de um fato de banho, de uma toalha de microfibra, de sapatos confortáveis e de um mackintosh se viajar entre junho e outubro. O chapéu, os óculos de sol e o protetor solar são igualmente indispensáveis.
Inclua um repelente forte contra insectos, um estojo básico de primeiros socorros e verifique antecipadamente se tem vacinas e medicamentos preventivos (como os anti-maláricos). Leve o seu passaporte com visto, o certificado de vacinação contra a febre-amarela, uma cópia do seguro de viagem e dinheiro suficiente em francos CFA.
Uma lanterna, uma bateria externa, um saco impermeável e uma pequena mochila serão muito úteis durante a sua viagem.
Normas culturais a ter em conta na sua viagem
Antes de viajar, verifique os seus documentos, verifique as vacinas e faça um seguro com boa cobertura. No seu destino, tenha em conta que a eletricidade e a Internet são limitadas e que os transportes podem variar em função das condições meteorológicas ou das marés.
Respeite os costumes locais: peça autorização antes de tirar fotografias, evite interferir em rituais, seja discreto e aberto. Não entregue objectos diretamente às crianças nem levante a voz em público.
Viajar de forma sustentável: evitar o desperdício, não comprar produtos com espécies protegidas e apoiar as iniciativas locais. O respeito e a sensibilidade cultural fazem a diferença nos Bijagós.
Bijagós é um destino diferente de tudo o que conhece. Ideal para quem procura aventura, autenticidade e uma verdadeira ligação com o ambiente, oferece a possibilidade de uma viagem transformadora. Longe do turismo de massas, preserva intacta a sua essência e convida-o a descobrir outro ritmo e outra forma de ver o mundo.
Na Consulmar Travel, somos especialistas na organização de viagens à medida para a Guiné-Bissau e Bijagós. Acompanhamo-lo em todas as etapas para que possa descobrir este destino autêntico com a tranquilidade de estar em boas mãos.